Comissão aprova perda de carro para condutor embriagado que matar ao volante
A intenção é tornar ainda mais severa a legislação que pune quem dirige bêbado ou drogado
Imagem Ilustrativa |
A Comissão de Viação e Transportes aprovou proposta que
determina a perda do veículo para o motorista que praticar homicídio culposo na
direção e estiver sob efeito de álcool ou qualquer outra substância psicoativa
que determina dependência.
O motorista continuará sujeito à pena de detenção, de dois a
quatro anos, multa, e suspensão ou proibição da habilitação. A proposta
incorpora a regra no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). A intenção é
tornar ainda mais severa a legislação que pune quem dirige bêbado ou drogado.
Pela proposta, aprovada em 26 de agosto, o veículo deverá
ser repassado em favor dos dependentes ou da família da vítima, ou da União,
caso não haja familiar a receber. Se o veículo não for encontrado, for de
terceiro de boa-fé ou tiver sido destruído na batida, a família da vítima ou a
União receberá o equivalente do bem em dinheiro.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado Major Olímpio
(PDT-SP), que unifica os projetos de lei 7336/14, do deputado Gabriel Guimarães
(PT-MG), e 2268/15, do deputado Roberto Sales (PRB-RJ). “O maior rigor legal no
combate à direção irresponsável é sinal de que a sociedade brasileira não
admite mais que vidas se percam pelo abuso de substâncias associado ao
trânsito”, afirmou Major Olímpio.
Medida cautelar
Pela proposta, o juiz poderá, de forma cautelar, suspender a
habilitação do motorista e garantir o uso do veículo de quem praticou o
homicídio em prol da família da vítima. O juiz poderá também restringir a
transferência, o licenciamento e a circulação do veículo.
A proposta não esclarece em que momento o veículo do
motorista será confiscado e vendido – se após o acidente ou apenas depois de
uma eventual condenação. Atualmente, além do valor do seguro obrigatório, os
parentes das vítimas de acidente de trânsito não têm direito a uma indenização
obrigatória, mas podem exigi-la na esfera judicial.
Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
Por Portal Alerta Buriti
Fonte: Agência Câmara
Por Portal Alerta Buriti