quarta-feira, 26 de novembro de 2014

PARNAÍBA: Tragédia do Porto das Barcas

Crime pode ter sido premeditado, apontam investigações 

A polícia de Parnaíba já tem fortes indícios de que a tragédia ocorrida no final da tarde desta segunda-feira (24/11) no Porto das Barcas, foi premeditada. Ainda de acordo com a polícia, Edilson Moraes Brito poderia ter feito mais uma vítima se a arma que ele usava não tivesse descarregado. Tudo leva a crer que disputas comerciais provocaram o momento de fúria no famoso empresário conhecido como “Rei do Delta”, um dos percussores no ramo do turismo no Piauí, e que acabou na morte dele, da esposa e do jovem empresário Mateus Portela.
Um dos indicativos de que a polícia adota ao suspeitar de premeditação foi uma reunião marcada pelo empresário Edilson Brito com os empresários de turismo que trabalham no Porto das Barcas. "Nesta reunião eles fechariam um acordo, mas o pai do Mateus, o Sr. Genilson, não pode ir. Numa confusão, Mateus entrou no meio e foi morto. A esposa tentou impedir a morte do gerente da Clip Turismo e foi morta", relata o delegado Arthur Barros, sobre a sequência dos crimes.
Delegado Arthur Barros responsável pelo caso.
O delegado conta ainda que Moraes foi até a “Casa do Turista”, loja de artesanatos, e só não matou o gerente do lugar porque a arma descarregou. “Sempre que chegavam turistas nesta lojinha, que queriam fazer passeio, o dono indicava a Clip, o que pode ter gerado algum tipo de ira no Moraes”, disse Dr. Arthur.  Ao perceber que a arma descarregou, ele foi para o banheiro de um restaurante, onde recarregou a arma e apontou-a para a cabeça. Após 10 minutos de negociação com policiais, acabou disparando contra si.
Questionado sobre a possibilidade de crime passional, o delegado respondeu: “Sobre a esposa dele ter sido morta, foi porque ela tentou impedir Edilson de matar o gerente”, referindo-se ao funcionário da Clip Turismo. O delegado disse ter ouvido depoimentos importantes do funcionário que estava no local, e que narram a sequência de como os fatos ocorreram, completando que não há, até agora, indícios de que a motivação tenha sido passional.
Além dos 11 projeteis disparados, a polícia encontrou também balas intactas na arma e no bolso do empresário.
A polícia deve finalizar o inquérito que apura a motivação do crime em até 30 dias, já que a materialidade e autoria já estão definidas, inclusive com o autor já em óbito, por ter cometido suicídio. O delegado afirma ainda que a arma, um revólver calibre 38, estava no nome de Moares Brito.
Empresários Moraes Brito e Mateus Portela, ambos trabalhavam no ramo de turismo.
Empresário Moraes Brito e sua esposa Socorro Moraes.
 Moraes Brito tinha pelo menos 22 projéteis, 11 deles foram deflagrados.
Fonte: 180 Graus
Portal Alerta Buriti

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