PARNAÍBA: Tragédia do Porto das Barcas
Crime pode ter sido premeditado, apontam investigações
A polícia de Parnaíba já tem fortes indícios de que a
tragédia ocorrida no final da tarde desta segunda-feira (24/11) no Porto das
Barcas, foi premeditada. Ainda de acordo com a polícia, Edilson Moraes Brito
poderia ter feito mais uma vítima se a arma que ele usava não tivesse
descarregado. Tudo leva a crer que disputas comerciais provocaram o momento de
fúria no famoso empresário conhecido como “Rei do Delta”, um dos percussores no
ramo do turismo no Piauí, e que acabou na morte dele, da esposa e do jovem empresário
Mateus Portela.
Um dos indicativos de que a polícia adota ao suspeitar de
premeditação foi uma reunião marcada pelo empresário Edilson Brito com os
empresários de turismo que trabalham no Porto das Barcas. "Nesta reunião eles
fechariam um acordo, mas o pai do Mateus, o Sr. Genilson, não pode ir. Numa
confusão, Mateus entrou no meio e foi morto. A esposa tentou impedir a morte do
gerente da Clip Turismo e foi morta", relata o delegado Arthur Barros, sobre a sequência dos crimes.
Delegado Arthur Barros responsável pelo caso.
O delegado conta ainda que Moraes foi até a “Casa do
Turista”, loja de artesanatos, e só não matou o gerente do lugar porque a arma
descarregou. “Sempre que chegavam turistas nesta lojinha, que queriam fazer
passeio, o dono indicava a Clip, o que pode ter gerado algum tipo de ira no
Moraes”, disse Dr. Arthur. Ao perceber que
a arma descarregou, ele foi para o banheiro de um restaurante, onde recarregou
a arma e apontou-a para a cabeça. Após 10 minutos de negociação com policiais,
acabou disparando contra si.
Questionado sobre a possibilidade de crime passional, o
delegado respondeu: “Sobre a esposa dele ter sido morta, foi porque ela tentou
impedir Edilson de matar o gerente”, referindo-se ao funcionário da Clip
Turismo. O delegado disse ter ouvido depoimentos importantes do funcionário que
estava no local, e que narram a sequência de como os fatos ocorreram,
completando que não há, até agora, indícios de que a motivação tenha sido
passional.
Além dos 11 projeteis disparados, a polícia encontrou também
balas intactas na arma e no bolso do empresário.
A polícia deve finalizar o inquérito que apura a motivação
do crime em até 30 dias, já que a materialidade e autoria já estão definidas,
inclusive com o autor já em óbito, por ter cometido suicídio. O delegado afirma
ainda que a arma, um revólver calibre 38, estava no nome de Moares Brito.
Empresários Moraes Brito e Mateus Portela, ambos trabalhavam no ramo de turismo.
Empresário Moraes Brito e sua esposa Socorro Moraes.
Moraes Brito tinha pelo menos 22 projéteis, 11 deles foram deflagrados.
Fonte: 180 Graus
Portal Alerta Buriti