sexta-feira, 21 de junho de 2013

CARTA AOS INTERNAUTAS

A vereadora Iranildes Braga nos enviou um e-mail com uma carta explicando as atitudes tomadas por ela e pela bancada oposicionista, diante dos fatos ocorridos na sessão de ontem (20), na Câmara Municipal.
Conteúdo do e-mail.
A princípio quero agradecer as diversas manifestações de apoio que temos tido nas redes sociais, e falar da nossa luta árdua durante esses seis primeiros meses deste ano.
Enfrentamos uma batalha contra a tentativa de monopolização do poder público em nosso município. Tivemos de levar, atos de irregularidade durante a criação das Comissões Parlamentares Permanentes, para a justiça intervir e fazer valer as leis. Conseguimos vencer na justiça.
Quero esclarecer que na sessão de ontem, nós vereadores da bancada oposicionista, tínhamos o interesse de participar, de pelo menos duas, das quatro Comissões Parlamentares, afinal, foi para isso que lutamos na justiça.
Para que o povo entenda nossa posição diante dos fatos ocorridos ontem, explico!
Nossa indicação de membros para as comissões, de nada adiantaria, pois não teríamos poder nenhum, já que a presidência de cada comissão, seria escolhida através do voto. Sendo assim, a bancada aliada ao governo municipal, teria todas as presidências, já que eles detêm a maioria na Câmara. E dentro destas comissões, quem tem o poder de relator e de decisão é o presidente. Então, amigos! Eu lhes pergunto: Adiantariam nossas indicações para os membros destas comissões?
Então, que fique claro  o motivo de nós, da bancada oposicionista, não termos indicado nenhum membro e termos pedido abstenção diante de nossos votos, pois não queríamos e nem iremos compactuar com este sistema imposto por eles.
Tentei explicar ontem, durante a sessão, mas me foi negado, pelo presidente da casa, o direito de me expressar. Como tem sido feito em outras sessões, onde o vereador simplesmente inicia os trabalhos daquela casa e os encerra imediatamente.
Como parlamentar, sempre me mantive em uma única postura, sempre ocupei a mesma posição opositora. Não estou aqui tentando enaltecer-me, mas nunca usei o meu cargo político em troca de favores.
A missão de um parlamentar é a de fiscalizar a administração pública, que deveria ser transparente, impessoal e usando sempre o interesse comum, o povo. Sendo correto afirmar que o direito do poder legislativo municipal é buscar as informações a respeito da administração pública. Fato legítimo e, decorre de sua função, seja qual for as fiscalizações que envolvam o poder executivo.
Fica aqui o meu repúdio ao nepotismo, ao hospital fechado, às férias dos professores que não foram pagas, ao não reajuste do piso salarial dos professores, aos centros de inclusão digital que encontram-se fechados, enfim, ao mau uso do dinheiro público.

Por Iranildes Braga vereadora do PDT.
Postado por Régis Silva Portal Alerta Buriti

Um comentário:

Buriti Agora disse...

Li nesta manhã um texto exaltando a democracia americana, onde democrata é democrata, e republicano, republicano. Até pode haver um vira-casaca ou outro como ocorre em Buriti, mas eles são a exceção, não a regra. Isso aprimora a democracia e permite a efetiva alternância de poder. O país tem lá suas dificuldades, mas uma coisa é certa: os vitoriosos se preparam para implementar o seu programa, e os derrotados se encarregam de vigiar para que tudo se faça dentro dos marcos legais. Estar fora da máquina de governo, fazendo política, é um lugar só garantido pelas democracias.
Reparem que o pluripartidarismo, no Brasil, de resto, tem servido ao… unipartidarismo. A legenda que detém a hegemonia do processo político compra o apoio que não conquista nas urnas. O eleitor até que diversifica bastante as suas escolhas. Os eleitos é que depois, à socapa, fazem suas composições escandalosas e se rendendo aos encantos governamentais.
O fato é que este eleitorado tem atentado para as mascaras que surgiram pós eleições e já começam a ensaiar o grito de não a estes vira casacas da politica Buritiense Eu não tenho muita paciência para ficar perscrutando “a vontade das urnas”, como se houvesse um ente que regulasse ou ditasse essa vontade. Uma coisa, no entanto, é certa: a mensagem do aiatolá Val, por exemplo, é muito menos eficaz do que gostariam alguns, a começar dele próprio. O eleitorado não está necessariamente no cabresto e escolhe uma pluralidade de vozes mesmo que essas vozes os traiam e passem a defender o que condenavam.
Ora, seria justamente num sistema bipartidário que essa pluralidade poderia se manifestar — como se manifestam nas várias correntes do Pais em Buriti a adesão de vereadores ao governismo implica a traição quase imediata ao eleitor. Dos eleitores que compareceram às urnas em Buriti dos Lopes, mais de (48,99% dos votos) escolheram a oposição Buritiense — e, obviamente, disseram “não” ao discurso , que satanizava a gestão da ex prefeita Ivana Fortes.
Como recompensa, esses eleitores terão seus vereadores a sustentar o discurso que eles rejeitaram nas urnas. “Ah, a democracia brasileira é diferente…” É, eu sei. O processo do mensalão Buritiense prova quão diferente ela é.