sexta-feira, 21 de junho de 2013
Um comentário:
- Buriti Agora disse...
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Li nesta manhã um texto exaltando a democracia americana, onde democrata é democrata, e republicano, republicano. Até pode haver um vira-casaca ou outro como ocorre em Buriti, mas eles são a exceção, não a regra. Isso aprimora a democracia e permite a efetiva alternância de poder. O país tem lá suas dificuldades, mas uma coisa é certa: os vitoriosos se preparam para implementar o seu programa, e os derrotados se encarregam de vigiar para que tudo se faça dentro dos marcos legais. Estar fora da máquina de governo, fazendo política, é um lugar só garantido pelas democracias.
Reparem que o pluripartidarismo, no Brasil, de resto, tem servido ao… unipartidarismo. A legenda que detém a hegemonia do processo político compra o apoio que não conquista nas urnas. O eleitor até que diversifica bastante as suas escolhas. Os eleitos é que depois, à socapa, fazem suas composições escandalosas e se rendendo aos encantos governamentais.
O fato é que este eleitorado tem atentado para as mascaras que surgiram pós eleições e já começam a ensaiar o grito de não a estes vira casacas da politica Buritiense Eu não tenho muita paciência para ficar perscrutando “a vontade das urnas”, como se houvesse um ente que regulasse ou ditasse essa vontade. Uma coisa, no entanto, é certa: a mensagem do aiatolá Val, por exemplo, é muito menos eficaz do que gostariam alguns, a começar dele próprio. O eleitorado não está necessariamente no cabresto e escolhe uma pluralidade de vozes mesmo que essas vozes os traiam e passem a defender o que condenavam.
Ora, seria justamente num sistema bipartidário que essa pluralidade poderia se manifestar — como se manifestam nas várias correntes do Pais em Buriti a adesão de vereadores ao governismo implica a traição quase imediata ao eleitor. Dos eleitores que compareceram às urnas em Buriti dos Lopes, mais de (48,99% dos votos) escolheram a oposição Buritiense — e, obviamente, disseram “não” ao discurso , que satanizava a gestão da ex prefeita Ivana Fortes.
Como recompensa, esses eleitores terão seus vereadores a sustentar o discurso que eles rejeitaram nas urnas. “Ah, a democracia brasileira é diferente…” É, eu sei. O processo do mensalão Buritiense prova quão diferente ela é.
- 22 de junho de 2013 às 13:07